Lembra daquele papo
de que o Google estaria desenvolvendo, no “laboratório secreto”
Google[x], óculos que fazem uso de realidade aumentada para criar uma HUD a la Homem de Ferro
para qualquer um? O rumor ainda falava em preço na faixa dos de um
smartphone topo de linha e lançamento para o fim do ano e, embora esses
dois detalhes ainda careçam de confirmação, a existência do projeto foi
oficializada agora há pouco. O Project Glass é do futuro!
O anúncio foi feito no Google+
e é assinado por três especialistas que trabalham para o Google: Babak
Parviz, Steve Lee e Sebastian Thrun. O primeiro é professor da
Universidade de Washington e tem trabalhos de óculos e lentes de contato
inteligentes no currículo; o segundo é um entusiasta do Google Latitude
e suas possibilidades baseadas no histórico dos usuários; e o terceiro,
Sebastian, esteve envolvido na construção do carro autônomo do Google e
é um dos líderes do Google[x]. Embora não creditado, pessoas próximas
afirmam que Sergey Brin também está à frente da brincadeira.
O Project Glass ainda está em estágio bem preliminar, mas já há um
vídeo-conceito mostrando o que ele promete. Posto de forma simples, ele
coloca no nosso campo de visão recursos, notificações e interações que,
hoje, são feitos comumente com smartphones. O mais bacana é que os
óculos dispensam o celular e ainda mais legal é que a interação é
absurdamente natural, feita com os próprios olhos e a voz. Confira:
Não dá para saber em que pé o projeto está (lembre-se, esse é um
vídeo conceito), mas os rumores lá de cima, de que os óculos do Google
seriam lançados no final do ano, são bem improváveis. A empresa decidiu
tornar o projeto público nesse ponto para “dar início ao debate e
aprender com as valiosas contribuições.” Junto com o vídeo, há algumas
fotos bem bizarras de protótipos dos óculos que parecem ter saído de um
episódio antigão de Star Trek.
Além dos muitos desafios técnicos, a Wired nos relembra
das implicações filosóficas e pessoais que uma HUD dessas trará. Onde
ficará a privacidade no momento em que todos forem capazes de tirar
fotos sem serem percebidos com um piscar de olhos? Como estar conectado e
interagindo com os outros em âmbito virtual o tempo todo afetará as
nossas já combalidas habilidades sociais, tão afetadas por Internet e
smartphones e redes sociais? E a pergunta que não quer calar: será que
dessa forma o Google+ emplaca?
Perguntas, questionamentos, temores… Tudo o que qualquer revolução
causa em níveis absurdos. Estamos vendo o futuro, aquele dos filmes de
ficção científica da década de 1960, nascer. Isso é muito, mas muito
legal.
Créditos: Gizmodo
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