Crackers têm utilizado um artifício de criação de complementos para
navegadores para criar um malware que se espalha no Facebook por meio de
cliques fraudulentos, afirma um pesquisador em segurança da empresa de
antivirus Kaspersky Lab.
O Crossrider é um framework legítimo em Javascript que implementa uma
API unificada (Interface de Programação de Aplicativos) para desenvolver
complementos dos navegadores Firefox, Chrome e Internet Explorer.
Essa API permite que desenvolvedores escrevam um código para rodar em
diferentes navegadores e, consequentemente, em diferentes sistemas
operacionais.
O framework ainda está em uma versão beta e seus criadores planejam
adicionar suporte para o navegador Safari em breve. “É muito raro
analisar um arquivo malicioso escrito na forma de plugin para vários
navegadores. É ainda mais raro se deparar com plugins criados usando
códigos mulltiplataforma", diz o especialista em malware Sergey
Golovanov, do Kaspersky Lab, no blog da empresa, na última
segunda-feira.
O novo malware recebeu o nome de LilyJade e está sendo vendido em
sites ocultos de discussão por 1000 dólares. Seu criador afirma que o
aplicativo pode infectar também navegadores que rodam em Linux ou Mac.
Como não há arquivos executáveis nele, nenhum antivírus pode detectá-lo.
O malware parece ter sido criado para atuar como um falso clique capaz
de fraudar propagandas em sites como Yahoo, YouTube, Bing/MSN, AOL,
Google e Facebook. Quando os usuários clicam no link dessas propagandas,
o criador do malware ganha dinheiro através de programas afiliados.
Para se disseminar, o LilyJade utiliza o controle que tem sobre os
navegadores infectados, aproveitando-se de sessões ativas do Facebook
para enviar mensagens de spam em nome desses usuários autenticados.
Os links inclusos nas mensagens de spam que o LilyJade envia por meio
do Facebook direcionam os usuários a sites responsáveis por rodar o
código malicioso do malware. Pacotes como esse se aproveitam da
vunerabilidade de softwares desatualizados - normalmente plugins como
Java, Flash Palyer ou Adobe Reader - com o intuito de infectar
computadores com o malware.
Créditos: IdgNow
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